segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Todos usam fé?

Eaí pessoal!

Gosto muito de aprender coisas diferentes quando o combo tempo + disposição tá presente. Então ontem questionei o próprio ato de questionar as coisas ao nosso redor. Concluí que nós indagamos o desconhecido para sair de um estado incerto em direção a outro onde estamos o mais próximo da verdade. Disso, tive um raciocínio que jamais acreditei que teria um dia: todos nós utilizamos fé (?). Não sei se estou afirmando ou duvidando, mas deixo como afirmação e pelos detalhes vocês me compreenderão.

Ontem tava com sono bagarai, mas como de praxe li uma revista, a da vez foi Scientific American Brasil. Na matéria que mais me encheu os olhos, um pesquisador comentava acerca das novidades quanto a formação dos planetas. Então veio o pensamento inesperado: por quê acreditar nisso? A resposta foi rápida: se pesquisar a fundo, encontrarei outras fontes afirmando isso, incluindo a original. Novamente, outro pensamento na mesma linha de raciocínio: por quê acreditar na fonte original? Fui mais longe, cogitei em obter informações sobre os experimentos e até mesmo os equipamentos utilizados, além de artigos científicos revisados por pares que confirmem as descobertas. Não me contive, e fui ao limite: por quê acreditar em tudo que leio?

A resposta foi assustadora: tenho que ter fé. Não uma fé no âmago religioso, porém confiança no conhecimento que me é oferecido. Outro exemplo: por quê acreditar na Wikipédia quando diz que o monte Everest tem exatos 8848,43 m (rocha) ao nível do mar? Poderíamos deduzir isso matematicamente, no entanto, caso a dúvida permanecesse, teríamos o trabalho de ir até a cordilheira do himalaia para pegar os dados por nossa conta.

Caso expandíssemos esse pensamento, para termos certeza plena do conhecimento divulgado em revistas, livros ou internet, deveríamos pesquisar de modo obsessivo informações complexas. Entretanto, isso está fora do nosso entendimento. Imaginem, a cada frase mencionada em qualquer texto de caráter científico termos de fazer buscar extremamente específicas? Ninguém normal faz isso. O livro didático diz, nós entendemos como verdadeiro desde pequenos.

Agora a dúvida: seria isso fé? Outra que deriva dessa: a fé, nesse contexto, seria necessária?